quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Se eu fosse rica e pudesse bancar futilidades esdrúxulas eu teria um personal tirador de nós de correntinhas de ouro.

Tati Bernardi
Por mais incrivelmente interessante que seja um homem...no fundo eu ainda me apaixono é pelo menino mais bonito do ginásio.

Tati Bernardi
Tenho aprendido coisas que ainda estão vagas dentro de mim, mal comecei a elaborá-las. São coisas mais adultas, acho. Tem sido bom.

Caio Fernando Abreu

Sorriram um para o outro. E tudo estava certo outra vez. Tudo tinha um gosto bom.

Caio Fernando Abreu
Não consigo ver mais que isso: essa é a lembrança. Além dela, nós conversamos durante muito tempo na chuva, até que ela parasse, e quando ela parou, você foi embora. Além disso, não consigo lembrar mais nada, embora tente desesperadamente acrescentar mais um detalhe, mas sei perfeitamente quando uma lembrança começa a deixar de ser uma lembrança para se tornar uma imaginação. Talvez se eu contasse a alguém acrescentasse ou valorizasse algum detalhe, assim como quem escreve uma história e procura ser interessante — seria bonito dizer, por exemplo, que eu sequei lentamente os seus cabelos. Ou que as ruas e as árvores ficaram novas, lavadas depois da chuva. Mas não direi nada a ninguém. E quando penso, não consigo pensar construidamente, acho que ninguém consegue. Mas nada disso tem nenhuma importância, o que eu queria te dizer é que chegando na janela, há pouco, vi a chuva caindo e, atrás da chuva, difusamente, uma roda-gigante. E que então pensei numas tardes em que você sempre vinha, e numa tarde em especial, não sei quanto tempo faz, e que depois de pensar nessa tarde e nessa chuva e nessa roda-gigante, uma frase ficou rodando nítida e quase dura no meu pensamento. Qualquer coisa assim: depois daquela nossa conversa depois daquela nossa conversa na chuva, você nunca mais me procurou. 

Caio Fernando Abreu 

sábado, 10 de novembro de 2012


Uma boa definição para a felicidade: ser leve para si mesmo.


Martha Medeiros