domingo, 28 de setembro de 2008

As pessoas quando se apaixonam tendem a ser muito piegas, mas é impossível encarar de outra maneira essas situações. Por exemplo ontem enquanto eu fixei meu olhar nos seus olhos verdes, porque olhos verdes devem ser minha sina, eu parei para pensar que era disso que precisava a séculos e você apareceu. E naquele momento estava ali, comigo e não parecia real.
Estou assim por você, me joguei de cabeça nesse lago que parece ser calmo, sem risco de afogamentos, eu me joguei em você.
Então percebi que não aguentaria certas coisas de novo, não se fossem com você, não suportaria o peso de não te ver, das saudades de meses, dos choros, das lições de moral, não conseguiria se fosse contigo.

Piegas, meloso, clichê demais, pois é, nem todo mundo tem essa sorte.


Camila Menegthetti

sábado, 27 de setembro de 2008


"Eram bonitos juntos, diziam as moças. Um doce de olhar. Sem terem exatamente consciência disso, quando juntos os dois aprumavam ainda mais o porte e, por assim dizer, quase cintilavam, o bonito de dentro de um estimulando o bonito de fora do outro, e vice-versa. Como se houvesse entre aqueles dois, uma estranha e secreta harmonia."


Caio Fernando Abreu

quinta-feira, 25 de setembro de 2008


Estou apaixonada por você, com direito a todos os risos bobos, horas de conversas e os sentimentos recíprocos. Estou apaixonada por você com todo lado bom que tenho dentro de mim, com todas as minhas palavras doces e risos abertos, abraços demorados e amigos ao redor.
Como diria alguém: "Algo em mim depende de você", e de fato depende mesmo, é estranho e um pouco assustador pelo tempo, mas existe algo entre nós que elimina esses dias e ficamos sem tempo, sem data, sem hora, apenas ficamos juntos e de tudo, sem dúvida é o que mais vale a pena.
Foi rápido, tomou espaço em mim de repente, não tive nem como negar, apareceu assim, rindo e eu, ri, pela primeira vez, ri porque soube que meus textos mudariam de dono.


Camila Meneghetti
"Me traz você, por favor. Me traz e leva embora todas essas coisas chatas que só servem para ocupar minhas horas enquanto você não chega."

Tati Bernardi

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Boas e bobas são as coisas que penso quando penso em você.

Caio Fernando Abreu

domingo, 21 de setembro de 2008

Eu fico pensando em você muito tempo, praticamente o tempo todo e me martiriza essa distância, e só Deus sabe como sinto sua falta, e só eu sei como isso tudo é um pouco confuso. Não sei se você sentiu, mas tem algo diferente em nós dois quando estamos juntos. Não pode ser possível esse sorriso bobo na minha cara, alguma coisa me diz que você também o usa.


Camila Meneghetti
Eu senti agora, neste momento, algo tão forte que me deixou um pouco estática, mas eu sei exatamente para onde ir. Percebi algo no jeito de se escrever ou compor uma palavra e as diferentes maneiras que elas nos cercam.
Brota em mim um desejo enorme de cantar estes poemas e embalar com cuidado estes textos, são pedaços de vida, minutos de sopros, solitários, eles são uma existência independente, apenas existem, apenas surgem e modificam histórias, sentimentos.
São frágeis símbolos, que podem ou não ser apagados, guardados, escondidos. São símbolos que geram sussurros, amores, magia, que geram o ar que respiro.
Nunca tinha notado esta dependência que tenho das palavras e a necessidade que as busco, talvez porque eu estivesse com a cabeça cheia demais de coisas que não me pertencem ou alegram, e mais uma vez elas conseguiram e eu pela primeira vez entendi. Não posso, não quero e nem tenho meios de fugir disso. Escrever.


Camila Meneghetti
E ele tinha todo aquele abraço que protege e acalma, fiquei ali um bom tempo, de olhos fechados, aproveitando e ouvindo o ritmo do coração alheio. Fico pensando que fazia tanto tempo que isso não acontecia, que essa sensação de estar com alguém e se sentir bem, fazia tanto tempo.
Ás vezes aquele eterno clichê funciona, "quando menos se espera, aparece", e de uma maneira estranha, eu sempre acabo caindo nesses clichês.
Porém não me importo, bom demais.

Camila Meneghetti

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

E ele nem sabe, nem sabe que aquele sorriso dele me tirou da minha rotina de textos para pessoas ausentes, ele nem sabe que cada palavra eu absorvia não acreditando que estava curada. Ele me libertou de você e isso foi tão bom e ele nem sabe que mudou tudo, que fico rindo como boba, que fico cantando as músicas sorrindo, ele nem sabe, mas mudou muita coisa.


Camila Meneghetti

domingo, 14 de setembro de 2008


Sempre quis usar essa frase, que não me recordo de quem seja: "Te amo, infinitamente quase sem dor." E continuaria desse modo: Quase sem dor porque te amar me provoca tonturas e um medo absurdo de te perder, de amanhecer sem seus doces pensamentos, seus risos por vezes nervosos pelos cantos e seu olhar solitário pela janela. Te amo, infinitamente quase sem dor. Pois te amar ainda me provoca toda a alegria que intope minhas veias e flui rápido, me deixando com a falsa sensação que viverá eternamente. Não quero te perder, não quero imaginar sábados solitários, domingos cinzentos sem companhia de verdade. Não morra eu pediria se pudesse,nunca pare de existir desse modo avassalador, permaneça aqui, do meu lado. Pois diferente do que pensam, amizade é isso mesmo, essa busca insensata por alguém que nos compreenda e possa dizer a verdade sem que machuque, amizade é isso, é existir de verdade.


Camila Meneghetti

sexta-feira, 12 de setembro de 2008


Você tem todo o gosto de sorvete e trakinas, misturado com "filmes" e caminhadas longas. Você tem o cheiro do dia de chuva e as horas adiantadas, os risos tímidos e as músicas que me embalam. Você tem toda a voz que pode hipnotizar alguém como eu, o suspiro final do dia, a calmaria do tempo no natal. Tem a visão de quem vai voar a qualquer momento e alcançar o céu, o desejo de ser bem mais do que pode ou existe.
Tem todo o gingado de quem dança nessa vida a tempo e não perde a pureza de amar, de quem não pisa no pé alheio e sorri com o embalo desse ritmo. Você é meu mistério oculto que aos poucos vai se elevando e vai perdendo toda a realidade da situação, deve ser por esse único motivo que escrevo dessa forma para ti, que de tanto me deixar só com suas palavras apagadas, seu sorriso duvidoso, me deixou assim, entendendo a verdade e reinventando outra história, porque eu não escreveria assim pra alguém que não me vê, não me toca e consola, e sim para alguém que antes de tudo teve que estar aqui do meu lado, para que eu possa te observar com cuidado e apreensão, para que cada sorriso teu seja uma espécie de festa em mim e para que só assim eu possa escrever de tal forma que aparente amor.
Mesmo que seja uma verdade inventada, ou uma mentira teimosa, você ainda tem toda a intensidade de quem me modifica.


Camila Meneghetti

"Eu sei, eu sei, o eterno clichê “isso passa”. Passa sim e, quando passar, algo muito mais triste vai acontecer: eu não vou mais te amar.
É triste saber que um dia vou ver você passar e não sentir cada milímetro do meu corpo arder e enjoar. É triste saber que um dia vou ouvir sua voz ou olhar seu rosto e o resto do mundo não vai desaparecer. O fim do amor é ainda mais triste do que o nosso fim.
Meu amor está cansado, surrado, ele quer me deixar para renascer depois, lindo e puro, em outro canto, mas eu não quero outro canto, eu quero insistir no nosso canto.
Eu me agarro à beiradinha do meu amor, eu imploro pra que ele fique, ainda que doa mais do que cabe em mim, eu imploro pra que pelo menos esse amor que eu sinto por você não me deixe, pelo menos ele, ainda que insuportável, não desista."

Tati Bernardi

É triste amar tanto e tanto amor não ter proveito. Tanto amor querendo fazer alguém feliz. Tanto amor querendo escrever uma história, mas só escrevendo este texto amargurado. É triste saber que falta alguma coisa e saber que não dá pra comprar, substituir, esquecer, implorar. É triste lembrar como eu ria com ele. Mas amor, você sabe, amor não se pede. Amor se declara: sabe de uma coisa? Ele sabe, ele sabe.

Tati Bernardi

"(...)Hoje uma pessoa disse que está apaixonada por mim. Quem diria? Alguém gosta de mim. E o mais louco de tudo nem é isso. O mais louco de tudo é que eu também acho que gosto dele. Quase consigo me animar com essa história, mas me animar ou gostar de alguém me lembra você. E fico triste novamente. Eu achei que quando passasse o tempo, eu achei que quando eu finalmente te visse tão livre, tão forte e tão indiferente, eu achei que quando eu sentisse o fim, eu achei que passaria. Não passa nunca, mas quase passa todos os dias. (...)"

Tati Bernardi

terça-feira, 9 de setembro de 2008


Inconscientemente, parecia querer buscar em autores, filmes e músicas, algum tipo de consolo. como se alguém precisasse chegar bem perto do sofá, onde estava, colocar um das mãos em seu ombro e dizer que aquilo era normal. que acontecia também com outras pessoas. e que iria passar.

Caio Fernando Abreu

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam o brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos...

Martha Medeiros

Mil acasos me levam a você.

domingo, 7 de setembro de 2008


Do outro lado da linha, ela riu. Pelo som, ele adivinhou que ela ria sem abrir a boca, apenas os ombros sacudindo, movendo a cabeça para os lados, alguns fios de cabelo caídos nos olhos.

Caio Fernando Abreu
Eu fiquei o dia inteiro pensando sobre como escrever o encontro de hoje, ontem te procurei no show, você não estava e percebi que aquela velha frase faz sentido, de estar numa multidão e só uma pessoa interessar. Foi estranho, muito. Porque eu te parei e agi como se nunca tivesse escrito nada pra ti e tu nunca tivesse falado ou lido nada sobre isso, agimos como bons conhecidos e rimos.
Não sei o que se passou pela sua cabeça, mas na minha tudo acontecia muito rápido, eu fiquei feliz por te ver, ouvir sua voz, te olhar nos olhos, mas queria ter dito tanta coisa, perguntado tanta coisa e não fiz, porque eu vi que pra você de maneira bem direta talvez não importasse mais. Então nos tratamos como bons amigos e cada um foi para um lado, com seus pensamentos a mil, com seus passos apressados e carreguei no rosto um sorriso e você, bom, não sei.
Talvez o sentimento tenha acabado, mas nunca tiro a idéia da cabeça de que se algum dia tentarmos de novo daria certo, porque quando paramos de nos falar senti uma falta absurda dos seus comentários egocêntricos nos meus textos, das suas idéias ilárias e das suas músicas que tanto retrataram nossa história.
Sinto saudade, remorso, tristeza, carinho e sorrio, porque você ainda me faz muito bem, estando do outro lado da rua ou com outra. Sua imagem sempre acalmou meus pensamentos.


Camila Meneghetti

sábado, 6 de setembro de 2008

Deus, põe teu olho amoroso sobre todos que já tiveram um amor, e de alguma forma insana esperam a volta dele...


Caio Fernando Abreu

Me desculpe, sei que foi falta de consideração por tudo que vivemos, mas eu não consegui, quando vi que era você no meio das pessoas e eu não podia voltar, ou cruzar a rua me desesperei. Meus joelhos tremeram, um frio horrível na barriga e temi, surgiu tanto medo, medo de te olhar com os olhos cheios de esperanças e não encontrar o mesmo, como saberia que não encontraria, doeu tanto, tanto que olhei pro chão, fui covarde sim, olhei pro chão, disfarçei todo o mal que estava sentindo.
Sei que talvez você não leia, não entenda, não importe mais, porém gravei todos os seus detalhes, inclusive o olhar sério, me pergunto qual era o problema na sua mente, nunca foi assim, eu nunca parei de sorrir pra você. Pensei que talvez, se te visse de novo poderia dizer oi, poderia sorrir, mas não deu. Estava sentada numa lanchonete e te vi no outro lado da rua, não sei se me viu, ou se fingiu como costumamos fazer. Mas eu poderia ir atrás, ir e dizer tudo que venho sentindo, fiquei, fiquei acompanhando até sumir entre as pessoas. Não me arrependo de nada, porque eu prometi que não ia mais sofrer, sofrer por você. Entendi de forma dolorosa que quando se tem certeza, não se deve ir de encontro ao não, por isso não fui.


Camila Meneghetti

terça-feira, 2 de setembro de 2008

E ontem enquanto eu lia, lançei um olhar demorado sobre o meu marca páginas, ou seu antigo marca páginas e achei irônico de certa forma. Antes era o meu livro e você com seu marca páginas e agora sou eu com um livro estranho e seu marca páginas. Não não, confuso demais, exponho dessa forma, você em algum momento já esteve com o meu livro, pensando em mim e lido New York Times. Claro que entendo e sei que não importa mais da maneira que eu quero, e sim algum carinho por uma lembrança. Normal. Mas eu sorri e fiquei pensando que você tem algumas fotos nossas, enquanto continuo com seu marca páginas.
Acho que se alguém ler isso irá me considerar uma espécie de desesperada, tentando de alguma forma através de palavras reconquistar alguém, sim, de certa forma já fui ou ainda sou, mas não nesse momento, não agora. Mesmo que esteja confusa dos pés a cabeça, mesmo que eu não pare direito para pensar, não tento aqui reconquistar algo. Porque não existe mais nada a ser reconquistado, ou devolvido. É o fim, aquele que eu demorei muito para aceitar. Pesa um pouco, mas amanhã quem sabe pese menos e assim vou indo, porque de certa forma você foi uma página, e eu sou um livro.



Camila Meneghetti