-Lindo seu sorriso.
-Lindo é o motivo que me faz sorrir.
Camila Meneghetti
Por que eu sou do tamanho do que vejo. E não do tamanho da minha altura. (Fernando Pessoa)
quinta-feira, 29 de abril de 2010
quarta-feira, 28 de abril de 2010
O Prêmio Dardos é um reconhecimento dos valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web.
O ganhador do "Prêmio Dardos" deve fazer:
1. Você deve exibir a imagem do selo em seu blog.
2.Você deve linkar o blog pelo qual recebeu a indicação.
3.Escolher outros quinze blogs a quem entregar o prêmio dardo.
4.Avisar os escolhidos.
Recebi este selo de uma blogueira encatadora, que faz com seu blog nos transporte sempre para outro mundo, o seu mundo. Agradeço muito pelo reconhecimento, Priscila Guimarães.
http://caixadelicada.blogspot.com/
Abaixo outros blogs envolventes :)
Carol: http://carolinececilie.blogspot.com/ (Palavras)
Bruna: http://friasmemorias.blogspot.com/ (Frias memórias)
Fê: http://deliriosesuspiros.blogspot.com/ (Delírios e Suspiros)
Luana: http://pagufolia.blogspot.com/ (Pagufolia)
Thaís: http://efeitoestafa.blogspot.com/ (Efeito Estafa)
Juliana: http://teoriasretorcidas.blogspot.com/ (Pensamentos loucos e Teorias retorcidas)
Marília: http://tuttoimmenso.blogspot.com/ (Immenso)
Cá: http://beijumiliga.blogspot.com/ (Meu infinito)
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que, por admiração, se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos !
Clarice Lispector
terça-feira, 20 de abril de 2010
Toda ovelha é metade lã
Toda saudade é metade lá
Todo encontro é metade cá
Toda ordem é metade caos
Todo bem é metade mal
Todo pai é metade mãe
Todo alimento é metade pão
Todo caminho é metade pó
Toda escolha é metade só
Toda vida é metade sol
Toda Terra é metade céu
Toda abelha é metade mel
Tudo aqui é inteiro seu
E, sem você, sou metade eu
Maurilo Andreas
Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo. Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas tentativas de aproximação. Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela, como um cão com seu osso.
Caio Fernando Abreu
Eu planejava nesses dias escrever um post homenageando uma grande amiga que estava de aniversário, a Juliana e agora, com imensa dor, venho aqui homenagear a Jana. É lamentável o que lhe aconteceu, estava quase terminando o mestrado e sempre brincávamos com ela da loucura de se estudar física. Na república onde moro somos todas como irmãs e de repente, sem previsão, ela simplesmente não volta da viagem. Como assim ela morreu? Então fica uma questão rodando na minha cabeça, me diga ai, quem é que pode contra a morte?
Acho que ninguém, o vazio permanece em toda parte da casa, principalmente porque nas reuniões do balanço de fim de semana o assunto foi inteiramente você.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
domingo, 18 de abril de 2010
Olha, fique em silêncio. Eu gosto do teu silêncio. Mas também gosto de tuas palavras - acredite. Mas não vim aqui para te falar de ruídos - ou não - , estou aqui para te falar de céu, mar, estrelas e tapioca - como naquele dia, lembra? - Ontem por incrível que pareça todos os lugares que pisei eu te procurei. Teus rastros ficaram por lá. O balançar de teus cabelos e esse teu jeito meio atacado de ser. Fiquei feliz em poder sentir tua falta, - a falta mostra o quão necessitamos de algo/alguém. É assim o nosso ciclo. Eu te preciso. Perto, longe, tanto faz. Preciso saber que tu está bem, se respira, se comeu ou tomou banho - com o calor que está fazendo neste verão, tome pelo menos uns três ao dia, e pense em mim, estou com calor também. Me faz bem pensar nessas atividades corriqueiras, que supostamente você está fazendo. Ah, e eu estou te esperando, com meu vestido curto, óculos escuros grandes e meu coração pulsando forte, e te abraçar até sentir o mundo girar apenas para nós. É, eu gosto muito de ti.
Caio Fernando de Abreu
E disse pela segunda vez: - Isso é amor.
- Será? Tem coisas, tem coisas que ele escreve que parecem. Não sei, parecem verdade, entende? Ele me toca, mexe comigo. Talvez eu esteja assim todo lisonjeado porque alguém parece prestar tanta atenção em mim.
- Isso é amor - eu repeti pela terceira vez.
- Será? Tem coisas, tem coisas que ele escreve que parecem. Não sei, parecem verdade, entende? Ele me toca, mexe comigo. Talvez eu esteja assim todo lisonjeado porque alguém parece prestar tanta atenção em mim.
- Isso é amor - eu repeti pela terceira vez.
Caio Fernando Abreu
sexta-feira, 16 de abril de 2010
quarta-feira, 14 de abril de 2010
terça-feira, 13 de abril de 2010
Veio num sonho, certa noite. Ela o amava. Ele a amava também. E ainda que essa coisa, o amor, fosse complicada demais para compreender e detalhar nas maneiras tortuosas como acontece, naquele momento em que acontecia dentro do sonho, era simples. Boa, fácil, assim era. Ela gostava de estar com ele, ele gostava de estar com ela. Isso era tudo. Dormiam juntos, no sonho, porque era bom para um e para outro estarem assim juntos, naquele outro espaço. Não vinha nada de fora, nem ninguém. Deitada nua no ombro também nu dele, não havia fatos. Dormiam juntos, apenas. Isso era limpo e nítido no sonho que ela sonhou aquela noite.
Deitada no ombro dele, ela via seu rosto muito próximo. Esse era o sonho, nada mais. E isso, mais tarde saberia, era o único fato do sonho inteiro: via o rosto dele muito próximo. Como um astronauta prestes a desembarcar veria a face da lua, mal reconhecendo o Mar da Serenidade perdido em poeira cinza, assim ela o via naquela proximidade excessiva, quase inumana de tão próxima. Fechasse os olhos - mas não os fecharia, pois já estava dormindo - guardaria contra as pálpebras cerradas um por um dos traços dele. (...)
Coisas assim, ela via. E de olhos abertos, embora fechados, pois sonhava, protegia-o, protegiam-se no meio da noite. Tão simples, tão claro. E de alguma forma inequívoca, para sempre. Talvez ele tivesse passado um dos braços em torno da cintura dela, quem sabe ela houvesse deitado uma das mãos sobre o ombro dele, erguendo os dedos até que tocassem no lóculo de sua orelha. Em todos os dias que se seguiram à noite daquele sonho, e foram muitos, honestamente não saberia localizar outros detalhes. Pois enquanto dormia, naquela noite, tudo era só e apenasmente isso: dormiam juntos.
Deitada no ombro dele, ela via seu rosto muito próximo. Esse era o sonho, nada mais. E isso, mais tarde saberia, era o único fato do sonho inteiro: via o rosto dele muito próximo. Como um astronauta prestes a desembarcar veria a face da lua, mal reconhecendo o Mar da Serenidade perdido em poeira cinza, assim ela o via naquela proximidade excessiva, quase inumana de tão próxima. Fechasse os olhos - mas não os fecharia, pois já estava dormindo - guardaria contra as pálpebras cerradas um por um dos traços dele. (...)
Coisas assim, ela via. E de olhos abertos, embora fechados, pois sonhava, protegia-o, protegiam-se no meio da noite. Tão simples, tão claro. E de alguma forma inequívoca, para sempre. Talvez ele tivesse passado um dos braços em torno da cintura dela, quem sabe ela houvesse deitado uma das mãos sobre o ombro dele, erguendo os dedos até que tocassem no lóculo de sua orelha. Em todos os dias que se seguiram à noite daquele sonho, e foram muitos, honestamente não saberia localizar outros detalhes. Pois enquanto dormia, naquela noite, tudo era só e apenasmente isso: dormiam juntos.
Caio Fernando Abreu
domingo, 11 de abril de 2010
quinta-feira, 8 de abril de 2010
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Hoje eu estava na Biblioteca Universitária e uma coisa prendeu minha atenção mais que o texto, notei que o pessoal que estava estudando algum tipo de ciências exatas apoiava a cabeça em ambas as mãos e suas expressões eram bastante desesperadas. Na minha sala de Biblioteconomia nós brincamos que o gesto de apoiar a cabeça nas mãos é um sinal de que o assunto ou a aula estão enfadonhos, às vezes no fim da aula contabilizamos quinze cabeças apoiadas.
Camila Meneghetti
terça-feira, 6 de abril de 2010
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Não sei dizer. Quando penso desse jeito, enumero proposições como: a ser uma pessoa menos banal, a ser mais forte, mais seguro, mais sereno, mais feliz, a navegar com um mínimo de dor. Essas coisas todas que decidimos fazer ou nos tornar quando algo que supúnhamos grande acaba, e não há nada a ser feito a não ser continuar vivendo.
Caio Fernando Abreu
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