segunda-feira, 3 de maio de 2010

Por favor, não me empurre de volta ao sem volta de mim, há muito tempo estava acostumado a apenas consumir pessoas como se consome cigarros, a gente fuma, esmaga a ponta no cinzeiro, depois vira na privada, puxa a descarga, pronto, acabou. Desculpe, mas foi só mais um engano? E quantos ainda restam na palma da minha mão? Ah me socorre que hoje não quero fechar a porta com essa fome na boca.


Caio Fernando Abreu

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