domingo, 21 de setembro de 2008

Eu senti agora, neste momento, algo tão forte que me deixou um pouco estática, mas eu sei exatamente para onde ir. Percebi algo no jeito de se escrever ou compor uma palavra e as diferentes maneiras que elas nos cercam.
Brota em mim um desejo enorme de cantar estes poemas e embalar com cuidado estes textos, são pedaços de vida, minutos de sopros, solitários, eles são uma existência independente, apenas existem, apenas surgem e modificam histórias, sentimentos.
São frágeis símbolos, que podem ou não ser apagados, guardados, escondidos. São símbolos que geram sussurros, amores, magia, que geram o ar que respiro.
Nunca tinha notado esta dependência que tenho das palavras e a necessidade que as busco, talvez porque eu estivesse com a cabeça cheia demais de coisas que não me pertencem ou alegram, e mais uma vez elas conseguiram e eu pela primeira vez entendi. Não posso, não quero e nem tenho meios de fugir disso. Escrever.


Camila Meneghetti

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