Por que eu sou do tamanho do que vejo. E não do tamanho da minha altura. (Fernando Pessoa)
sábado, 6 de setembro de 2008
Me desculpe, sei que foi falta de consideração por tudo que vivemos, mas eu não consegui, quando vi que era você no meio das pessoas e eu não podia voltar, ou cruzar a rua me desesperei. Meus joelhos tremeram, um frio horrível na barriga e temi, surgiu tanto medo, medo de te olhar com os olhos cheios de esperanças e não encontrar o mesmo, como saberia que não encontraria, doeu tanto, tanto que olhei pro chão, fui covarde sim, olhei pro chão, disfarçei todo o mal que estava sentindo.
Sei que talvez você não leia, não entenda, não importe mais, porém gravei todos os seus detalhes, inclusive o olhar sério, me pergunto qual era o problema na sua mente, nunca foi assim, eu nunca parei de sorrir pra você. Pensei que talvez, se te visse de novo poderia dizer oi, poderia sorrir, mas não deu. Estava sentada numa lanchonete e te vi no outro lado da rua, não sei se me viu, ou se fingiu como costumamos fazer. Mas eu poderia ir atrás, ir e dizer tudo que venho sentindo, fiquei, fiquei acompanhando até sumir entre as pessoas. Não me arrependo de nada, porque eu prometi que não ia mais sofrer, sofrer por você. Entendi de forma dolorosa que quando se tem certeza, não se deve ir de encontro ao não, por isso não fui.
Camila Meneghetti
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