Sinto-me só em ocasiões assim, não gosto dessas paredes, do modo que as roupas ficam, de quando tenho que arrumar esses objetos que nada me identificam. Não gosto dessa falsa força que brota dentro de mim, sempre ali presente, sempre ali em pé, nunca no chão, nunca desistindo. Porque dá um puta medo essa vida, de errar, de não saber o que fazer no próximo ano e nem sou tão grande assim, mas quero muito, não sei nada sobre cidades. Então ás vezes, ou quando estou sozinha rodeada da mais pura genética, eu me fecho, porque não quero discutir nada, não me interessa os poucos sonhos, as vontades ocultas. Sempre fui um tanto fechada quanto a nós dois, nunca revelei o que me preocupava de verdade, nunca deixei ninguém entender essa minha tristeza e quando tentei me arrependi, porque ele nunca entenderia e talvez você viesse a compreender toda essa minha vontade, mas eu sou muito covarde para arriscar outra vez.
Dói demais, como no dia em que desenhei aquele desenho idiota. Sempre li que há um alguém dentro de nós que não se revela. Confesso que eu não sei muito bem o que falar dessa desconhecida, das manias dela que podem se fundir com as minhas, ou não. Mas ela se sente impotente demais, criança violentada, pássaro sem asa, ela chora sem saber o motivo, ela chora por não suportar o cotidiano. Não, ela não sabe brincar e nem escrever. Mas ao mesmo tempo sonha em ter o mundo, em conhecer lugares, dimensões ocultas e tem medo de se prender as pessoas, e mais medo ainda de perder. Tem essa loucura de amar prevendo o fim, desconfiando de tudo e por isso nunca foi inteiramente verdadeira. Não está doendo se desecar assim, mas ela que diz até que ponto posso chegar nessa procura cega. No momento nos sentimos ocas, mas enquanto ouvimos aquelas trezentas músicas que você me enviou, pioramos, porque eu sempre soube que você mandou tantos ritmos com o intuito de que essas noites solitárias acontecessem. Pode até não ter sido proposital, mas parece um plano arquitetado para que tudo lembre você, porque no fundo a figura de nós dois existiu apenas algumas vezes, quando ela permitiu, a senhora receio, no fundo sempre foi você.
Dói demais, como no dia em que desenhei aquele desenho idiota. Sempre li que há um alguém dentro de nós que não se revela. Confesso que eu não sei muito bem o que falar dessa desconhecida, das manias dela que podem se fundir com as minhas, ou não. Mas ela se sente impotente demais, criança violentada, pássaro sem asa, ela chora sem saber o motivo, ela chora por não suportar o cotidiano. Não, ela não sabe brincar e nem escrever. Mas ao mesmo tempo sonha em ter o mundo, em conhecer lugares, dimensões ocultas e tem medo de se prender as pessoas, e mais medo ainda de perder. Tem essa loucura de amar prevendo o fim, desconfiando de tudo e por isso nunca foi inteiramente verdadeira. Não está doendo se desecar assim, mas ela que diz até que ponto posso chegar nessa procura cega. No momento nos sentimos ocas, mas enquanto ouvimos aquelas trezentas músicas que você me enviou, pioramos, porque eu sempre soube que você mandou tantos ritmos com o intuito de que essas noites solitárias acontecessem. Pode até não ter sido proposital, mas parece um plano arquitetado para que tudo lembre você, porque no fundo a figura de nós dois existiu apenas algumas vezes, quando ela permitiu, a senhora receio, no fundo sempre foi você.
Camila Meneghetti
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